quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA

Texto de Luiz Antônio Simas
Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
É Villa Lobos, cacete!
Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.
Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil. Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.
Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.
Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".
Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não. Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Desabafo

71 á 73% de uma noite apenas bastou para o aumento do salário dos nossos parlamenteres , enquanto que para o aumento do salário minimo é necessário um ano inteiro de negociação. Gostaria de colocar um deputado vivendo um mês com o salário mínimo, queria ver se ele iria conseguir. E o Enem durante algum tempo existiu sem ter problemas, mas bastou o Mec se interessar que virou esta bagunça que vimos. Sem falar nos professores que durante algum tempo foram alvo de manchetes, onde eles form acusados de marginais que batiam nos alunos , até assassinarem um professor. Ai serve usar antiga frase: "Fudido e mal pago". Isto reflete como anda a educação no país.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Eleições

Fazia tempo que eu não escrevia nada, estava esperando uma ocasião propícia, quem sabe! Estamos em plena campanha eleitoral para o segundo turno das eleições para presidente, e o que vemos é uma briga de criança, "o teu é mais bonito que o meu".
Mas eu gosto do horário eleitoral, é divertido, ver os candidatos pagando os maiores micos, tudo em troca de alguns segundos na TV.
E para se criar um partido basta apenas acrescentar algumas letras ao P, criar um símbolo e pronto. Viva a democracia brasileira!

domingo, 1 de agosto de 2010

Filhos Perfeitos

Gostaram do novo visual do blog?Não fui eu, os meus conhecimentos informaticos não chegam a tanto. Foi minha filha mais moça.
Falando em filhos lembrei de uma coisa que minha filha mais velha falou, filhos perfeitos. Para uma mãe coruja como eu, todos os filhos são perfeitos.
São perfeitos quando chutam pela primeira vez dentro da barriga da mãe, e nascem com os olhos arregalados e chupando as mãos.
São perfeitos quando choram sem parar, e as mães quando não sabem o que fazer choram junto.
São perfeitos quando balbuciam as primeiras palavras e a mãe jura que a primeira palavra dita foi mamãe.
São perfeitos quando dão os primeiros passos como patinhos e a mãe acha lindo. Quando nascem os primeiros dentes e todas as consequencias que eles trazem. Quando ralam os joelhos pela primeira veze a mãe corre para socorre-los.
São perfeitos quando vão pela primeira vez a escola, aprendem as primeiras letras e passam a encontrá-las em tudo.
São perfeitos quando se enamoram e dão o primeiro beijo e a mãe percebe que eles cresceram, que não são mais bebês.
Para uma mãe coruja todos os filhos são perfeitos, com seus defeitos e qualidades, afinal ninguém é igual a ninguém, e o DNA esta ai para comprovar.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Recordações

Cadeirante, portadora de necessidades especiais, são formas mais amenas para definir o que antes era a cadeira de rodas e o paralítico.
Daí eu me ponho a pensar, no meu tempo rapaz bonito, a gente chamava de "pão", e não se ficava e sim se paquerava, e essa paquera durava meeeeeses e até mesmo anos. Sexo, quando ocorria antes do casamento dizia-se que o rapaz fez "mal" a moça.
Ah...e as fotos novelas! As melhores eram na revista Capricho. E havia tambem as novelas de rádio, as melhores eram na Rádio Farroupilha. Cabe aqui explicar que lá onde eu morava não havia luz elétrica e uma TV a bateria era um luxo desnecessário.
O meu sonho de consumo era uma calça Lee e um tênis Bamba, mas isso era para os mais ricos, para os mais pobres como eu restava a calça Tropeka e um tênis Conga que tinha em qualquer loja de turco.
Mas um assunto que sempre mereceu destaque era a mestruação. Tanto é que não se falava abertamente que se estava menstruada mas sim doente. Para as de linguajar mais xulo elas estavam de "Chico". Quando eu fiquei menstruada pela primeira vez eu ão sabia o que era aquilo, eu me lembro até da data, foi no dia 6 de fevereiro de 1969, tinha eu onze anos incompletos, e estava no lageado perto da minha casa junto com uma prima mais velha. É claro que esta prima mostrou que sabia mais e me disse que daquele momento em diante eu tinha que tomar muito cuidado porque corria o risco de engravidar. Imaginem só! Quanto a lavar o cabelo menstruada era expressamente proibido, e sempre tinha alguem, ou algum exemplo de menina que havia enlouquecido ou morrid, pois o sangue iria todo para cabeça. Sem falar que eu era do tempo das toalhinhas, que eram muito bem lavadas, quaradas e passadas no ferro a brasa aguardando o proximo mês. Ainda bem que as minhas filhas nasceram em outra época.
Mas eu noto que muita coisa mudou, graças a Deus, e olha que eu não sou muito idosa não, tenho apenas 5.2, muitas coisas mudaram para melhor, porém outras infelizmente se perderam no tempo...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

As rugas do meu pai




Quando eu era criança, lembro que brincava com as rugas da testa do meu pai . Mais tarde eu via as minhas filhas fazerem o mesmo quando iam para o colo dele.
Ainda esta em meus ouvidos a canção de ninar que ele cantava para me fazer dormir, como eu gostava do seu colo!
Com ele aprendi a ser colorada, mas ele não ligava muito para futebol, o que ele gostava mesmo era de rodeios, da lida do campo.
Meu pai se foi aos seus oitenta anos com a alma de um guri. De riso fácil, fazendo piada das coisas da vida, ah...e é claro, sabia contar causos como ningeum, quem nunca ouviu um dos causos do seu Cidoca. Acima de tudo ele nos ensinou a ser honestos. Ah, e tem uma coisa ele não se abria muito com ninguem, afinal os nossos problemas interessam a nós somente.
Meu pai querido, agradeço a ti por ter me dado a vida e me preparado para ela. Teus ensinamentos serão eternizados nos seus netos e bisnetos que virão. Perdoa-me por ter aumentado as tuas rugas. Estarás para sempre comigo. Te amo meu amigo , meu herói, meu PAI...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Respeito

Fico pensando como reagiriam meus ex-maridos diante da atual situação.
O primeiro filofosaria muito, mas veria que marido de tetraplégica chama muita atenção e dá um certo status, e isso ele gostava muito.
Já o segundo cuidaria muito de mim, mas depois se cansaria e diria que o que esta acontecendo é culpa minha, aliás como sempre.
Eles deviam me agradecer por tê-los livrado desta fria. Porque fui eu que pediu a separação nas duas vezes, não que eu não acredite em uma relação a dois. Eu só estava no lugar errado na hora errada, e me envolvi com as pessoas erradas.
Acho que em uma relação deve existir acima de tudo o respeito mútuo, quando ele acaba o amor vai embora.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Estresse

Conheci muitas pessoas maravilhosas entre médicos, enfermeiras, técnicos e fisioterapeutas durante a minha estada no hospital São José, durante o ano de 2008 que lá passei. Mas foi em uma das minhas tantas idas a UTI que aconteceu este fato: fui agredida fisicamente por um técnico que não lembro o nome, só sei que usava um óculos de armaçao rosa. Sei que os setores da segurança, educação e na saúde do nosso país deixam muito a desejar, mas isso não justifica essa atitude. Muitos técnicos tem que perceber que os pacientes não são apenas ossos, músculos e orgãos que eles vêem nas aulas de anatomia. Muitos estão lá porque tiveram sua vida remexida e necessitam apenas de um pouco de atenção e carinho.
Acho que em se tratando de um hospital que cuida de doenças do sistema nervoso deveria dar psicologico aos profissionais. Pois respeito nunca é demais.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ex-maridos

Reprodutores. Eu podia dizer que eles foaram apenas reprodutores, mas cada um representou uma fase distinta na minha vida.
O primeiro representou a irreverência, e fui muito apaixonada por ele, mas nossa relação se desgastou e acabou. Eu considero falta de maturidade de ambas as partes.
O segundo, representou a segurança e veio numa fase que eu estava muito carente. Eu o subestimei, por causa da nossa imensa diferença cultural. Nossa relação foi uma sucessão de decepções, mas eu aguentei durante 14 anos, ate que cansei.
Mágoa, não tenho, pois eles me ajudaram a ter as duas jóias que enfeitam minha vida: minhas filhas. Desejo muito que eles sejam muito felizes e que encontrem os seus caminhos.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Novela mexicana

Todo mundo está dizendo que eu escrevo coisas tristes. Minha irmã me emprestou um livro com a biografia da Frida Kahlo uma grande artista mexicana, e disse que o meu blog estava igual. Em outras palavras ela quiz dizer que estava igual a uma novela mexicana, cheia de drama. Isso acontece quando os seguintes sentimentos me abatem. São eles: o complexo de umbigo, ocorre quando minhas filhas tem algum problema dai eu penso sempre que a culpada sou eu. Uma vez eu ouvi que "filhos são flexas que a gente lanç no mundo", eu acrescentaria que so eles escolhem a direção.
- Elô mártir - quando eu penso que ninguem sofre mais do que eu. Esqueço que não exsite ombros fracos para fardos pesados, e do nosso lado sempre existe uma pessoa pior do que a gente.
-Complexo de mala- é quando me sinto muito pesada na vida das pessoas que amo.
Ainda bem que estes sentimentos só se tornam mais evidentes na minha TPM, pois é ainda sofro deste mal.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Saudade

Saudade é uma palavra muito cantada em versos, porém ela existe somente na nossa lingua, representa um sentimento de falta de pessoas queridas por nós, de lugares, fatos, etc...
Saudade eu sinto da minha casa e das minhas flores, era a primeira vez da minha vida que eu podia chamar um lugar de meu.
Saudade eu sinto dos domingos que eu ia sempre visitar os meus pais. Do arroz com galinha da minha mãe e das receitas malucas do meu pai.
Saudade de comer fruta direto do pé, de andar livremente sentindo o vento no rosto. Enfim tenho saudade da pessoa que um dia eu fui, das coisa que podia fazer, de não depender de ninguem. Mas deixa para lá tem gente que nem isso tem para lembrar.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Realização Profissional

Hoje eu ouvi muito falarem sobre realização profissional, dai eu fico pensando que me realizei na minha profissão. Mas quando recebo a minha aposentadoria (aiiiii que nome feio!) penso o contrário. Este é um assunto muito delicado, não conseguimos separar a questão monetária. Mas enfim não me arrependo de nada lamento apenas nunca ter andado de avião e nem de navio, não ter conhecido o nordeste e nem a Europa nesta vida....
Tudo bem, fica pra próxima. Quem sabe?

quarta-feira, 10 de março de 2010

Vergonha

Vergonha é u m sentimento que faz a gente sentir vontade de fugir deste planeta. Vergonha eu sentia quando eu tinha os meus sapatos sempre sujos de terra quando chegava em minha escola quando criança, isto porque a minha escola só tinha filhinho de papai que nunca puseram o pé no chão.
Vergonha eu tinha quando eu via o fracasso do meu segundo casamento, afinal eu só ouvi falar bem das segundas uniões, então a culpada de tudo era eu.
Vergonha eu sintopor estar surda, afinal eu sempre ria das piadas de velhos surdos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Apresentação

Talvez eu esteja atrasada, mas nunca é tarde. Tenho 51 anos e estou tetraplégica e para respirar uso um aparelho, chamado BIPAP. Meu nome: Elonice de Fátima Vasconcelos da Cunha, mas nunca gostei muito dele por achá-lo muito grande então uso apenas Elonice Cunha e sou professora aposentada.
Minha novela começou em !998 quando após peregrinar por vários médicos descobri um tumor no cérebro chamado meningioma. E em !999, no dia 27 de janeiro fiz a minha primeira cirurgia que resultou em quatro meses de internação mais seis meses com traqueostomia.
E em 2000 voltei a trabalhar, isto é, atender telefonemas na escola em que trabalhava pois não voltei para as salas de aulas.
Em 2003 me separei pela segunda vez, começando a partir dai uma nova fase na minha vida, em que fui muito feliz.
Em 2007 a novela recomeçou, após visitar o meu neurologista que constatou que o tumor havia voltado a crescer, afinal ele tinha apenas cutucado pois não o retirou por inteiro e ele se recusava a fazer uma nova cirurgia devido aos riscos. Então resolvi ouvir a opinião de outro especialista, afinal a medicina esta muito avançada.
No dia três de fevereiro de 2008 passei por uma nova cirurgia que durou cerca detreze horas, e entre idas e vindas das UTIs fiquei internada no hospital durante um ano. Para resumo da ópera é mais ou menos isto.
Mudei de cidade, e senti as pessoas se afastarem de mim como se eu tivesse alguma doença contagiosa, restou a minha família, o amor das minha filhas que são os bens mais preciosos que tenho. Na medida do possível tento fazer uma limonada deste grande limão, nem sempre consigo mas ao menos tento. Meu físico mudou, mas a minha mente continua inteira.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Constatação

O meu mundo atual é silêncioso, não tem cheiro nem sabor, os movimentos são limitados, mas mesmo assim consigo viajar no tempo é so fechar os olhos.
E assim ora eu sou a menininha que comia batata assada no colo do avô, ora sou a adolescente que colecionava fotonovelas e sonhava encontrar um principe só que não disseram a ela que os príncipes as vezes viram sapos.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Testamento

Não tenho nada de material para deixar para as minhas filhas, somente o meu exemplo se valer para alguma coisa.
Para a minha filha mais velha eu queria dizer para ela controlar sua ansiedade, que as vezes impede que ela veja a realidade. E que não esqueça os acasos não existem.
Para a minha caçula (sempre gostei deste termo, talvez porque eu nunca tenha sido caçula de ninguem) queria que ela controlasse o seu pessimismo, e que tenha mais fé e confiança, pois não sabe a força que tens.
Eu diria para as duas que tenho muito orgulho delas e que as amo muito.
Eu só sei queo amor é o único sentimento que ultrapassa as barreiras do tempo.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Viver a vida

A vida continua lá fora. As pessoas passam apressadas, umas tristes outras nem tanto. E eu estou aqui a espera que alguem descubra alguma coisa para me livrar desses fios . Enquanto isto não acontece observo que até as horas tem o seu significado. E tudo acontece, chove, faz calor, faz frio, enfim a vida segue seu rumo. Rumo este que nem sempre é o qual esperamos ou planejamos, mas existe uma coisa maior dona do nosso destino. Eu penso que a vida é um grande relógio cujo os ponteiros são o destino.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sabores e cheiros da infância

Tem coisas que ficam gravadas para sempre na nossa memória, nunca haverá nada igual a batata assada que eu comia no colo do meu avô, nem o sorvete quente, a cirila e a gasosa que ele trazia toda vez que levava leite na cidade. Quando não tinha sobremesa minha avó me ensinava a comer açucar do açucareiro. Quando ia visitar minha avó Chica ela tinha sempre uma rosca de cachaça que ela grardava em uma lata para as visitas. Não posso esquecer também o lanche que minha mãe arrumava para eu ir na aula, era pão com uma fatia de pessegada. Mas nada se compara ao cheiro dacasa da minha avó Ana, tinha um cheiro de carinho e colo macio. Disso eu nunca vou esquecer pois depois que a gente cresce são estas pequenas lembranças que adoçam minha vida nos momentos tristes.....

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Impressões

As vezes sou muito otimista. Coisas como: a vida tem a cor que a gente pinta; é pra frente que se anda pois quem anda pra trás é carangueijo; tudo vale a pena se a alma não é pequena; Deus nos criou para sermos felizes nós é que complicamos. Acho que este otimismo todo eu herdei do meu avô. Mas tem dias que sou pessimista com complexo de mártir, ou complexo de umbigo me atinge. E eu fico pensando que sou responsável por todos os males do mundo, acho que isso eu herdei da família da minha mãe. Afinal ninguém é perfeito.

Pessoas Cometa

Existem pessoas que são como cometas passam na nossa vida e deixam um rastro luminoso. O meu avô era uma destas pessoas. Nunca o vi bravo nem triste, sempre tinha uma resposta para tudo. Mas nem tudo é perfeito, ele tinha um vício, vício este que o levou a morte. Ele fumava.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Introdução

Imaginei várias vezes este começo. A príncipio era um livro de memórias depois de crônicas, daí eu resolvi fazer este blog.
Não quero entrar para a história como um exemplo de superação e ilustrar o final da novela do Manuel Carlos, mas o que eu quero é simplismente falar o que me vier na cabeça. Talvez alguém leia, talvez não, mas o importante é que as minhas palavras ficarão registradas aqui.