Cadeirante, portadora de necessidades especiais, são formas mais amenas para definir o que antes era a cadeira de rodas e o paralítico.
Daí eu me ponho a pensar, no meu tempo rapaz bonito, a gente chamava de "pão", e não se ficava e sim se paquerava, e essa paquera durava meeeeeses e até mesmo anos. Sexo, quando ocorria antes do casamento dizia-se que o rapaz fez "mal" a moça.
Ah...e as fotos novelas! As melhores eram na revista Capricho. E havia tambem as novelas de rádio, as melhores eram na Rádio Farroupilha. Cabe aqui explicar que lá onde eu morava não havia luz elétrica e uma TV a bateria era um luxo desnecessário.
O meu sonho de consumo era uma calça Lee e um tênis Bamba, mas isso era para os mais ricos, para os mais pobres como eu restava a calça Tropeka e um tênis Conga que tinha em qualquer loja de turco.
Mas um assunto que sempre mereceu destaque era a mestruação. Tanto é que não se falava abertamente que se estava menstruada mas sim doente. Para as de linguajar mais xulo elas estavam de "Chico". Quando eu fiquei menstruada pela primeira vez eu ão sabia o que era aquilo, eu me lembro até da data, foi no dia 6 de fevereiro de 1969, tinha eu onze anos incompletos, e estava no lageado perto da minha casa junto com uma prima mais velha. É claro que esta prima mostrou que sabia mais e me disse que daquele momento em diante eu tinha que tomar muito cuidado porque corria o risco de engravidar. Imaginem só! Quanto a lavar o cabelo menstruada era expressamente proibido, e sempre tinha alguem, ou algum exemplo de menina que havia enlouquecido ou morrid, pois o sangue iria todo para cabeça. Sem falar que eu era do tempo das toalhinhas, que eram muito bem lavadas, quaradas e passadas no ferro a brasa aguardando o proximo mês. Ainda bem que as minhas filhas nasceram em outra época.
Mas eu noto que muita coisa mudou, graças a Deus, e olha que eu não sou muito idosa não, tenho apenas 5.2, muitas coisas mudaram para melhor, porém outras infelizmente se perderam no tempo...
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